domingo, 14 de outubro de 2012



Comentário do professor Carlos Alexandre Baumgarten prefaciando “Os comedores do vidro”, livro do autor, sobre este conto: “Em ‘O acerto das horas’, encontramos o narrador já adulto, vivendo suas experiências profissionais e amorosas, no ambiente de uma editora responsável pela publicação da revista Clara. O conto, diferentemente dos anteriores, reveste-se de um caráter intertextual significativo, uma vez que as referências literárias a Fernando Pessoa e a James Joyce são explícitas. Mais do que isso, o texto, na sua efabulação, vale-se de motivo presente no conhecido poema “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade; a diferença é que, no conto de Geraldo, tudo acaba bem para o narrador que amava Isabela, que gostava de Gino, que gostava de Diana, que gostava do narrador. “O acerto da horas” revela, ainda, um narrador mais seguro e ousado na arte de narrar, ao promover o cruzamento de registros discursivos de origem e natureza diversas.”.






O ACERTO DAS HORAS


Se alguém quer saber no que nos tornamos, eu, Diana, Gino e Isabela, precisa de início pensar no sentido contrário dessa ordem em que os nomes foram expostos. Precisa tomar como exemplo um relógio: eu no lugar do 12, Isabela no lugar do 3, Gino no lugar do 6 e Diana no lugar do 9. Na ordem e direção em que seguem os ponteiros, na ordem em que segue a vida: para a frente. O 12 tentando alcançar o 3, o 3 tentando alcançar o 6, o 6 tentando alcançar o 9, o 9 tentando alcançar o 12.
O final do ciclo de uma hora acomodaria as coisas. Iria estancar os ponteiros, organizar os encontros, frutificar as buscas, distribuir os pares.
Éramos três,a princípio: eu, Diana e Gino. Trabalhávamos, nessa época, na editora. Na revista “Clara”. Eu como editor-chefe, a Diana como copy desk e o Gino de fotógrafo. Bem no início, antes que a história de nossas vidas tomasse o desdobramento que tomou, não achávamos que tivéssemos outras coisas em comum, pelo menos eu e a Diana. Éramos apenas amigos com perfeita sintonia no trabalho e perfeita harmonia descomprometida no happy hour, momento em que falávamos de variedades nunca muito profundas, quase sempre banalidades, conversas jogadas fora, como se diz na gíria, alívio de quem trabalha com a tensão de prazos e horários.
Gostávamos, como gostamos até hoje, dessas trivialidades, e era raro o dia em que não descíamos ao Pelicano para um chopinho. De certa forma já havíamos incorporado aquele hábito de duas horas depois do expediente. Era sagrado. Se tivéssemos compromissos, estes eram marcados para depois desse horário.
Quando conhecemos Isabela, de certa forma houve uma interferência em nossas vidas. Eu... caí de quatro literalmente. O Gino não demonstrou muito, mas também dava para ver, por seus olhares, que ela o atraía. Diana não escondeu seu aborrecimento nos primeiros dias, porque, afinal, aquela quarta presença desmanchava ou alterava nossa “santíssima trindade”.
O que é a vida? Até então eu nunca tinha pensado em Diana como uma mulher, ou seja, daquelas que dá vontade de arrastar para a cama como um bárbaro, enlouquecê-la de amor e depois casar ou abandonar, como até então eu sempre fizera.
Era experiente no assunto, já tivera muitas mulheres de uma noite, que depois abandonei esquecendo promessas, já tivera quatro meios-casamentos, de morar junto um tempo e depois desfazê-los. Até então eu não tinha pensado em Diana como esse tipo de mulher. Para nós, eu e Gino – pelo menos assim eu pensava -, ela era uma igual, para quem falávamos bandalheiras de nossas conquistas e aprontações com as outras. Ela, aliás, nunca tomou nenhuma atitude feminista de defender as mulheres “ultrajadas”, porque, personalidade forte como era, achava que aquelas que não se defendiam tinham mais é que arranjar bandidos como eu e o Gino. De certo modo, eu sentia que ela estava à espreita de que Isabela caísse em nossas garras, inconscientemente talvez, até torcendo para que isso acontecesse. Uma coisa, no entanto, a bem da verdade, precisa ser dita: nunca, em momento algum, Diana tratara Isabela mal no trabalho. Ao contrário, mostrava-se cooperativa e com grande senso profissional. O problema era no fim do expediente, pois agora ela tinha que dividir a nossa atenção com a outra.
Pra não deixar a história faltando um começo, preciso contar quem é Isabela e como foi que nós a conhecemos. Antes, no entanto, eu preciso dizer que a história que vou contar pode muito bem caber nas páginas de “Mulher Hoje”, “Femme”, “Domênica”, “O Jornal Feminino”, ou até mesmo “Clara”, nossa revista; qualquer uma dessas publicações que tratam o universo feminino com uma distinção tamanha e tão sem propósito, que fico me perguntando se vivemos, nós e elas, no mesmo mundo. A história que vou contar tem até a dose certa de “água-com-açúcar”, capaz de provocar lágrimas até do olho mais insensível, fazer leitoras ter sonhos insensatos, provocar rebuliço na alma das mulheres mais improváveis. “La femme rit quand elle peut et pleure quand elle veut”, já dizia um desses filósofos da vida.
Quando D. Vanda, nossa tradutora, se aposentou, Isabela foi a quarta tentativa de Seu Diamantino, o dono da Editora, para ocupar o lugar. Bacharel em letras recém-formada (apesar de ter sido numa faculdade do interior), alguma experiência como professora de inglês em cursinho e alguns cursos de verão, de conversação em francês. Não era exatamente um supra-sumo de currículo, mas na urgência em que andávamos e considerando a pobreza de nossa revista, até que resolveu. De fato, precisávamos que a pessoa que trabalhasse conosco aceitasse que o salário não fosse certo no fim do mês, tivesse uma alta carga de idealismo e compreendesse que, às vezes, a renda da publicidade mal dava pra pagar a impressão. Era a situação típica da vida profissional de alguém recém-formado e sem outra opção de emprego. Nós, mais velhos e experientes, nos garantíamos fazendo uns “frilas” que reforçavam a renda, encarando “Clara” como um trampolim que pudesse nos levar pra uma revista maior.
Importa que minha avaliação o Seu Diamantino respeitava, e isso contou muito para a contratação de Isabela. Ela era tão atraente que resolvi dar um desconto em sua pouca experiência, acreditando em minha capacidade de ajudá-la a aprender o serviço – o que seria prazeroso. Também com aquele porte! Ela era magra sem ser ossuda, cabelos longos e pretos, morena, boca e pernas desejáveis e usava minissaias estonteantes.
         No princípio, tive que penar muito para convencê-la e ensiná-la que uma tradução editorial não era apenas traduzir literalmente alguma coisa. Trasladar era mais interpretar o pensamento de um autor, escrever como se fosse ele, considerando a diferença das duas línguas, coisas assim, Confesso que, se ela fosse feia, eu não teria tanta paciência. De certo modo, ela até que aprendeu razoavelmente rápido.
O que interessa é que logo, logo, ela entrou na turma e passou a dividir conosco a mesa do Pelicano. Agora, conscientemente, eu descubro que até de um modo exagerado, eu tentava impressioná-la, O sorriso crítico e o olhinho apertado de Diana quando eu falava com Isabela, deveria ter sido suficiente para que eu percebesse.
Não fui, no entanto, precipitado em minha estratégia de conquista. Sempre acreditei que “o prato de mingau quente deve ser comido pelas bordas”, por isso alinhavei bem o meu roteiro, para dar o bote na hora certa e conquistá-la.
Aproveitei bem, pelo menos no início, uma chance que eu tive. Tínhamos como incumbência para a edição da revista daquela quinzena um artigo de um médico irlandês sobre cirurgia de mama sem mastectomia, cheio de termos técnicos, trabalhosos de traduzir. Como era sexta, e para o sábado tínhamos que deixar pronto um artigo sobre os lançamentos de um costureiro, paginar e escolher fotos, o artigo do médico podia ficar para segunda. Só ficaria faltando ele. Talvez eu não tivesse chance igual nos próximos anos. Convidei-a para um almoço em minha casa no domingo, quando então poderíamos discutir o artigo. Foi difícil convencer Gino e Diana que eles não estavam convidados. Como editor-chefe, recomendei para Diana que trouxesse pronto outro trabalho e descobri para Gino uma prova de motocross, seu hobby favorito.
A gente quando se apaixona comete bobices sem tamanho. Antes do convite mandei para ela um vasinho de violetas com versos de Fernando Pessoa, ou melhor, Álvaro de Campos:

 “Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
             Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã.
             E assim será possível; mas hoje não...
             Não, hoje nada; hoje não posso...”

Tentava impressioná-la com os versos emprestados, hoje reconheço que de uma forma tão sutil que era quase incompreensível, mas era o recurso que achei naquele momento. Ela, causando-me um arrepio que a paixão suplantou, perguntou-me de quem eram os versos. Respondi: Fernando Pessoa sob o heterônimo de Álvaro de Campos, e ela me perguntou: “hetero... o quê?” Deixei passar e fiz-lhe o convite. E ela: “Sim. Pode ser. Quando? Domingo? Tá legal, acho que é um dia legal. O Gino e a Diana vão também?”
         Enquanto eu descascava as batatas do almoço, tentei espremer a cabeça pra tentar me lembrar de um incentivo qualquer dela, codificado, naquele instante fugaz da resposta ao convite. Se houvera, não consegui perceber. Até porque estava um pouco nervoso e com ansiedade. Lembrei-me apenas, porque, para apenas uma palavra meus sentidos estavam alertas: para o sim. Aquela palavrinha havia sido suficiente para que eu acreditasse nela como a chave que abriria todas as portas. Competiria a mim, com minha habilidade, conseguir o pretendido.
         Naquela sexta não fui ao Pelicano. Estava me guardando para o domingo. Fui fazer compras no supermercado e preparar-me para o grande dia.
         Pilotei o fogão, ensaiando o prato que faria no domingo. Precisava impressioná-la.

PORTAFOGLIO AO BRIE E PISELLI

Ingredientes:
         2 pedaços de filé de 200 gramas, queijo brie, sal, pimenta-do-reino, farinha de trigo, 2 colheres de sopa de manteiga, 4 colheres de sopa de óleo de milho, 2 cálices pequenos de vinho branco seco, 2 conchas de caldo de carne, ervilhas.
Preparo:
         Corte o filé no sentido horizontal, obtendo quatro fatias, e bata cada uma delas até ficarem bem finas. Coloque sobre elas, duas de cada vez, um cubo grande de queijo brie e feche, pressionando a borda com os dedos. Tempere com sal e pimenta-do-reino, passando-os após na farinha de trigo, para segurar o suco. Frite durante cinco minutos cada lado, até dourar bem. Retire o excesso de gordura e jogue o vinho branco na frigideira. Espere evaporar, complete o cozimento com caldo de carne e duas colheres de sobremesa de manteiga fria. Reduza o molho em 1/3 e, antes de desligar, acrescente um punhado de ervilhas previamente cozidas. Sirva com purê de batata.

Fiz quatro vezes aquele prato. A primeira, na noite depois que ela aceitou o convite, a segunda no almoço de sábado, a terceira e quarta na noite desse mesmo dia, tentando memorizar os ingredientes para não fazer feio. Na primeira vez ficou muito salgado, na segunda o purê ficou embolotado, na terceira esqueci de tirar o excesso de gordura, na quarta não me lembrei de cozinhar previamente as ervilhas.
Sobremesa e bebida para acompanhar não era problema: uma torta de maçã que minha mãe me ensinara e um Cabernet correto.
Só torci para tudo dar certo com o prato principal, que, aliás, parece que deu, pois o gato do telhado gostou muito.
Convenientemente havia preparado o ambiente. Uma faxina completa no apartamento, o Ulisses de Joyce estrategicamente visível, Billie Holiday na vitrola cantando “A Fine Romance”, lençóis limpos e cheirosos (pensando em eventualidades), avenca podadinha na janela, meus troféus esportivos, e a camisa vermelha desbotada e charmosa que me dava um ar de intelectual.
Ela veio com um atraso de quase uma hora. Não viu o Ulisses, perguntou quem era a mulher de voz estranha que cantava, não comentou nada sobre minha camisa e disse que não demoraria muito porque tinha um batizado da filha de uma amiga. Trouxe pronta a tradução que um antigo professor a ajudara a fazer, e nem notou a produção. O pior foi quando ela disse: “Desculpe, esqueci de dizer que não como carne”, pediu um refri porque não bebia em hora de almoço e impacientemente olhava o relógio sem prestar atenção na avenca com suas folhas tenras e verdes como esmeraldas.
Menos mal que eu tinha umas coisinhas para improvisar uma salada e havia umas garrafas de Coca na geladeira. Me senti como um menino de quem roubaram o doce. Comemos calados e sem assunto. Assim, com a mesma pressa com que chegou ela saiu, deixando o artigo de oito páginas para que eu lesse, (corrigisse se precisasse) e nem me ajudou a lavar a louça.
É claro que na segunda-feira eu estava de péssimo humor. Descontei minha raiva no boy da editora que deu o azar de me trazer papéis errados, mandei o Gino refazer fotos e Diana prestar mais atenção no serviço por causa de um pequeno erro de pronome. Para Isabela mandei um dicionário de termos técnicos que comprei naquela manhã, com um lacônico bilhete, dizendo apenas: “Acho que você está precisando disso”.
Fui com eles ao Pelicano só na quarta e na quinta, mas definitivamente, não estava para muitas conversas. Deu pra notar que de vez em quando a Diana com um leve sorrisozinho cínico me observava, que Isabela pela primeira vez se revelou interessada em motos e pediu a Gino que a levasse um dia pra vê-lo competir.
Passaram-se duas semanas naquela frieza. Dia sim, dia não, Gino e Isabela apareciam por lá cheios de conversinhas, como se eu e Diana não existíssemos. Já não saíamos mais juntos do trabalho como fazíamos. Eu e Diana mantivemos o costume, até porque eu já estava mais calmo e descobrindo que quem não conhecia Fernando Pessoa, Billie e Joyce não era para mim. Comecei a prestar atenção no fato de que Gino não era mais tão gentil com Diana, não fazia mais aquele olho de peixe morto que fazia para ela quando estava bêbado e nem lhe confidenciava uma antiga paixão não correspondida, como sempre fazia depois da quarta ou quinta dose.
Estávamos estranhos, todos nós.
No dia seguinte, só eu e Diana fomos ao bar. Definitivamente nosso grupo já era mais o mesmo. Eu e ela aproveitamos para discutir umas matérias pendentes. Confesso que não pensei em nada quando Diana me convidou para almoçar em sua casa naquele domingo. Pensei apenas na questão do trabalho e nunca me passou pela cabeça que iria acontecer o que aconteceu.
Cheguei na hora marcada, porque sou educado. Levei flores e uma garrafa de vinho, porque sou gentil. Nunca antes havia ido à casa de Diana.
Agora, relembrando, penso no sentido das horas do relógio: sempre para a frente, determinando o tempo, determinando a passagem dos dias. Dias que são frações de um tempo transbordante de surpresas a cada passo que os ponteiros dão para a frente. Impossível prever o minuto próximo, mais ainda a próxima hora, e, muito mais ainda, as conseqüências do final de um dia.
Diana me recebeu na porta e de repente eu estava tendo a surpresa de descobrir que até então eu nunca tivera a sensibilidade de notar que ela era uma mulher bonita. Uma gracinha: pequenina como um a porcelana delicada, pele clarinha, cabelos louros curtinhos, mais gordinha do que magra, dando uma vontade imensa de tocar, de abraçar.
Entrei na sala com Billie cantando “My Man”; descobri, na estante, muitos livros que eu gostava, um álbum de fotos disfarçado de caixinha de música e avencas muito bem cuidadas na janela.
De almoço, preparado por ela, “Involtinos de carpaccio ripieno di avocado ed erba cipolina”, um prato delicadíssimo. Vinho delicioso e uma mousse de maracujá que nunca alguém poderia esquecer depois de provar.
Depois, durante o licor, o álbum: fotos lindíssimas, dela neném, dela garotinha, dela adolescente e dela adulta. Muitas dessas últimas tiradas por Gino, fotos espontâneas no ambiente de trabalho. Uma dessas fotos me chamou a atenção. Eu, ela, e D. Vanda no balcão do cafezinho, foto que eu nunca tinha visto e na qual ela olhava para mim com um olho brilhante. Alguém já disse que a fotografia é um momento congelado na vida das pessoas para que se possa olhar e prestar atenção em detalhes que sejam impossíveis de atentar na pressa do dia-a-dia. Confirmei mais uma vez: como eu vivia cego e nunca prestara atenção naquela mulher. Era como se eu estivesse sendo apresentado, nunca a tivesse visto antes e estivesse tendo uma revelação.
Depois de tudo que aconteceu – que eram as coisas previsíveis de acontecer, dadas as circunstâncias – enquanto tomávamos uma ducha, ela disse para mim: “Sabia que o Gino já me passou várias cantadas? Não sabia? Sabe porque eu nunca aceitei? Por sua causa. Tinha certeza absoluta de que um dia eu te alcançava. Surpreso?”
O 9 alcançando o 12. Enlaçando. Seqüestrando. Dizendo: não solto mais.
Claro que eu teria ficado surpreso se ela me falasse daquilo fora do contexto, no sábado, na mesa do bar, por exemplo. A hora não teria sido a certa. Agora não. Eu descobria o correto caminho das horas do relógio, o intrincado movimento do tempo determinando sub-repticiamente os acontecimentos, calculando momentos, arrematando a teia do destino.
Confirmei isso na segunda-feira, acordando do lado dela, usando apenas um carro para ir para o trabalho e vendo que o céu da manhã era muito mais azul do que até então eu pudera perceber. Descobrindo na editora a foto de Isabela embarrada, beijando o Gino campeão em sua moto. Percebendo que eu         , que antes gostava de Isabela, que gostava de Gino, que gostava de Diana, que gostava de mim, transgredíramos, enfim, o movimento contínuo e errado. O 9 se juntara ao 12, o 3 se juntara ao 6, corrigindo, nos intrincados movimentos do tempo, a busca errada dos ponteiros do relógio.

Um comentário:

  1. Um conto leve, divertido, mas com pitadas de sofisticação, de bom gosto...De dar água na boca (Isso foi literal!rsrsrs)! É incrível como consegues transparecer tua identidade naquilo que escreves!!!
    Uma narrativa que detalha ambientes e situações, sem perder a dinâmica; as coisas vão se resolvendo no "compasso das horas" e, quando nos apercebemos, o conto acabou...Acordamos como quem ouve um relógio despertar e ficamos com o gosto de "quero mais"!
    Adorei Geraldo! Adoro quando os ciclos se fecham e, principalmente, quando as "horas se encontram".
    PARABÉNS por mais esta pérola! Abraço carinhoso, dessa tua grande fã!

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